Quem me acompanha por aqui vez ou outra se depara com algum desabafo meu em relação a alguma coisa do meu corpo. Minha autoestima não é láaaa essas coisas e já tive muitos problemas por conta disso. Ainda sofro com algumas coisas até hoje mas eu tô tentando melhorar, nada melhor que se amar, se admirar pelo o que a gente é.
Pensando nisso, a Simone a Carol criaram um projeto, o ” Me amo assim” e eu resolvi participar pra passar a minha experiência sobre alguns assuntos e claro, ajudar quem também convive com isso a se amar cada vez mais.
O objetivo principal é:
Ajudar e propor amor próprio a meninas(os) que não se aceitam ou tem dificuldade de olhar pra si mesmo e dizer com firmeza “ME AMO DO JEITO QUE SOU”.
Desde que me entendo por gente, existe alguma coisa me incomodando aqui dentro, sabe? Sempre fui a garota tímida da turma e comecei a usar óculos aos 11 anos de idade. Eu era a pessoa mais magra que eu conhecia, mas na infância a gente até releva algumas coisas. Na época eu não me importava tanto com meu corpo do jeito que ele estava, sabe?
Apesar de até os meus 13 anos de idade não ter tido tantos problemas com essa coisa de corpo, sempre fui muito sensível com o que as pessoas falavam dele. Depois de um tempo, quando fui crescendo eu finalmente percebi que aquela sensação “diferente” dentro de mim foi ficando pior. Eu era um pouquinho mais alta do que as outras garotas e muito magra. Acabei sofrendo com as críticas das minhas irmãs (pois é) e ganhando vários apelidos por conta disso.
Em mais alguns anos eu finalmente consegui engordar e chegar no meu “peso ideal”, finalmente as outras meninas também começaram a crescer e eu parei de ser a mais alta e desengonçada. Ainda continuava a ser a menina calada da turma, não que eu fosse uma louca bobona e sem amigos; eu simplesmente nunca me senti à vontade com alguém pra conversar e me considerar uma amiga na escola. Não que eu me importasse com isso, sempre fui uma pessoa extrovertida com quem eu me relacionava.
Dizer que depois disso tudo eu estou feliz com meu corpo seria uma baita de uma mentira. Lembro de ter sofrido bastante em alguns momentos quando era chamada de girafa ou julgada pelo tamanho dos meus pés que estavam crescendo (fase de crescimento, galera). Nessa época fui percebendo que meus cabelos começaram a cair muito e eu ficava cada vez mais triste e deprimida. Quando as pessoas começaram a perceber que meu cabelo começou a ficar ralinho, vieram as perguntas, e olha, não foi fácil. A pior sensação que a gente pode sentir é quando as pessoas comentam sobre algo que a gente quer esquecer. Eu sabia que meu cabelo estava caindo, sabia que meu corpo não não me agradava, mas não suportava a ideia de alguém me olhar e se espantar com aquilo. Eu sentia vergonha.
Depois disso tudo aconteceu de eu finalmente engordar. Sim, deixei de ser magrela mas os fios de cabelo continuavam a cair constantemente. Percebi que quanto mais meu cabelo caia mais queria sumir do mundo. Tive uma fase em que emagreci muito e depois engordei muito e isso continuou por bastante tempo. Eu não conseguia ficar em um peso só e isso tudo só piorou a situação.
Hoje eu não me considero uma pessoa feliz com meu corpo, meu cabelo, mas me considero uma pessoa disposta a isso. Estou disposta a me amar e vou fazer o que eu conseguir pra que isso ocorra. Tá dando certo, sabe? Acho que o primeiro passo é sempre colocar na cabeça que a gente pode se amar do jeito que é.
E aí, estão dispostas a me acompanhar nessa?
Veja algumas das participantes do projeto: